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Salar de Tara - Deserto do Atacama
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Olá pessoal! Procurando por dicas e roteiros sobre o Chile? Neste post irei contar como foi minha experiência de viajar para esse lindo país da América Latina. Foram vinte e três dias viajando, do norte ao sul, explorando as mais belas paisagens e riquezas naturais desse país.
Minha viagem foi dividida basicamente em 3 regiões. No norte, me dediquei a conhecer os encantos do Deserto do Atacama. Na região mais central do país, Santiago, Valparaíso e Viña Del Mar. E, no extremo sul, as pacatas cidades de Punta Arenas e Puerto Natales e a mais recente oitava maravilha do mundo, o Parque Nacional Torres Del Paine.
Para começar, gostaria de contar como surgiu a ideia de viajar para o Chile. Em dezembro de 2013, estava em cartaz o filme “A vida secreta de Walter Mitty”. É um filme incrível, que lhe deixará uma vontade enorme de viajar e conhecer o mundo. Então, na empolgação pós filme e em um ato de impulsividade, resolvi comprar a passagem. Hoje, tenho certeza que foi uma das melhores coisas que já fiz, principalmente pelo fato de viajar sozinho. Mas deixarei para falar sobre essa experiência em outro tópico. Minha passagem foi comprada com cerca de 1 mês e meio de antecedência e custou R$ 897, ida e volta. O voo saiu do Rio de Janeiro em direção a Santiago.
Santiago (3 a 6 de fevereiro):
Cheguei a Santiago bem tarde. Então, nesse primeiro dia, fui direto do aeroporto para o hostel. Como já estava tarde e ainda não conhecia a cidade, resolvi pegar um transfer para o hostel, e me foi cobrado 12 000 pesos. Dica importante: por incrível que pareça, uma das melhores cotações, que encontrei em casa de câmbio, foi no aeroporto. Neste dia, conheci a cotação de 1 real para 250 pesos. Outro lugar, que encontrei boa taxa de câmbio, foi na rodoviária de Santiago. Nos demais lugares e outras cidades, encontrei uma cotação pior.
Fiquei hospedado num bairro chamado Bellavista, mais precisamente na rua Dominica. É considerado um bairro bom, com ótima localização para conhecer os principais pontos turísticos, além de ficar numa área rodeada por bares e boates. O hostel, em que fiquei, tinha uma boa localização, próximo ao metrô, e achei seguro. No entanto, tem o inconveniente de ficar próximo aos bares, logo, tem uma intensa circulação de jovens, ou seja, há muito barulho durante a madrugada. Se você prefere um lugar mais silencioso, recomendo outro local, mas, se isso não for uma questão, o preço é mais acessível: 8 000 pesos a diária.
No dia seguinte, acordei bem cedo e fui fazer o “free” tour, que acontece no centro. O pessoal se reúne na Plaza de Armas e caminha com um guia pelos principais monumentos e prédios das redondezas. Eu particularmente não gostei muito. Primeiro, porque o guia explicava em inglês e não em espanhol. Um dos meus objetivos era aprender um pouco de espanhol. Segundo, porque o guia apenas explicava e passava em frente aos pontos turísticos, mas não chegava a entrar nos locais.
Como conheci duas brasileiras no tour, decidimos abandonar o mesmo e fazer o passeio por nossa conta. Fomos para o Cerro San Cristóbal. O lugar é maravilhoso! Para chegar até lá, você irá subir numa espécie de “trenzinho” chamado funicular. Lá do alto, a vista é incrível! Você terá praticamente uma vista de 180 graus da cidade, além de poder ver de longe a Cordilheira dos Andes.
Outra atração é o Santuário Inmaculada Concepción. Após esse passeio, fui conhecer a famosa casa do poeta e escritor Pablo Neruda, La Chascona. Lá você conhecerá um pouco sobre a sua história e de sua amante. Para quem gosta de arte e literatura, essa dica é essencial.
Uma das vantagens de conhecer Santiago nessa época do ano é que escurece muito tarde. O sol se põe por volta de 20:30, então os dias são duradouros, fazendo com que você possa aproveitar mais. Durante a noite, neste dia, fomos até os barzinhos, localizados na rua Pio IX.
O dia seguinte foi o dia do desastre… Resolvi alugar um carro, junto com as brasileiras que conheci no tour, para conhecer Valparaíso e Viña del Mar. Passando pelo primeiro pedágio, eis que o pneu fura! E, devido a um problema na porca, não foi possível trocá-lo. Por tal motivo, tivemos que esperar alguém acionar o socorro, e, após horas, o guincho nos levou até uma oficina na estrada, a fim de serrar a porca e conseguir trocar o pneu. Com isso, perdemos o dia e o passeio. O que restou foi poder beber e curtir uma boate durante a noite!
San Pedro de Atacama (6 a 13 de fevereiro)
Bom, a minha ida a San Pedro do Atacama já estava programada antes de ir para o Chile. Muitos mochileiros acabam conhecendo esse lugar através do mochilão pela Bolívia-Chile-Peru, então, geralmente acabam vindo da Bolívia, o que não foi meu caso. Como meu objetivo era explorar o máximo do Chile, acabei viajando de Santiago até San Pedro.
Comprei minha passagem, com antecedência, pelo site da LAN/CH. Atenção: existe uma diferença enorme de preço pela LAN/BR!! Meu voo foi em direção a Calama. De lá, contratei um transfer que me levou até San Pedro. Paguei algo em torno de 100 reais, ida e volta (você pode agendar sua volta, o que recomendo, pois foram pontuais ao me buscarem).
Cheguei a San Pedro por volta das 15 hs, deixei minhas coisas no hostel (8 000 pesos a diária) e fui em busca de informações sobre os passeios. Dica importante: existem várias agências de turismo que cobram diferentes preços pelos passeios, então, o segredo é perguntar para as pessoas no hostel e pesquisar entre as agências os melhores preços. Recomendo contratar todos os passeios de uma só vez, pois eles dão descontos para um número maior de passeios.
Não fiz nenhum passeio ruim, todos foram maravilhosos, e os organizei da seguinte forma: alternando, a cada dia, entre manhã e tarde. Dessa forma, não ficava tão cansativo e conseguia aproveitar as festas na cidade. Recomendo os seguintes passeios: Valle de la Luna, Laguna Cejar, Lagunas Altiplânicas, Sandboard nas dunas do Valle de la Luna, Geiser del Tatio e Tour Astronômico. Paguei 100 000 pesos por esses passeios (cerca de 400 reais).
A cidade é bem pequena, você consegue circular a pé. Procure por restaurantes locais ou faça sua própria comida no hostel para economizar. Ande sempre com uma garrafa d’água e compre o galão de 5 litros para deixar no hostel. O clima é bastante seco. Não esqueça o protetor solar.
Durante a noite, costuma esfriar, então é fundamental levar agasalho. Os chilenos costumam fazer uma espécie de festa no deserto, a chamada “fiesta clandestina”. Procure se informar, é bem legal. Também fazem uma espécie de luau no vale de um antigo rio, mas esse luau é mais restrito, então enturme-se com os chilenos! Senti uma energia muito boa em San Pedro. As pessoas são bem animadas, carismáticas e, por isso, fiz muitas amizades. Os chilenos são bem alegres e amigos!
Dessa vez não foi preciso pagar mais caro para sair do aeroporto. Como estava mais informado, peguei um ônibus em direção a Passajitos (1500 pesos, bem mais em conta!!). De lá, peguei o metrô em direção a Baquedano. Andei cerca de 10 minutos e cheguei ao mesmo hostel em Bellavista. Como já estava anoitecendo neste dia, não fiz nenhum outro tour, apenas aproveitei para descansar e dormir cedo.
Como na minha primeira estadia em Santiago não consegui fazer o passeio a Valparaíso e Vina del Mar, devido ao imprevisto, aproveitei para fazer esse tour durante o dia, num bate-e-volta. Fui até a rodoviária e comprei uma passagem para Valparaíso (7 000 pesos). Chegando à rodoviária de Valparaíso, encontrei uma agência de turismo que fazia o passeio pelas duas cidades com um guia numa van. Contratei o serviço (10 000 pesos, cerca de 40 reais). O tour dura o dia inteiro e você conhece os principais pontos turísticos de Valparaíso e Vina del Mar. A alimentação é por sua conta.
O guia foi um senhor super simpático. Ao final do passeio, pedi para que me deixassem na rodoviária de Vina del Mar e lá comprei minha passagem de volta a Santiago. Há uma grande disponibilidade de ônibus. Ao chegar a Santiago, voltei ao hostel e fui descansar, pois, no dia seguinte, faria uma nova viagem, dessa vez rumo à Patagônia.
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Valparaíso |
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Casa de Pablo Neruda |
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Grafites em Valparaíso |
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Relógio de Flores Viña del Mar |
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Viña Del Mar |
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Viña Del Mar |
Patagônia Chilena (15 a 26 de fevereiro)
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Estreito de Magalhães - Punta Arenas
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Meu Objetivo, ao viajar para a Patagônia chilena, era conhecer o famoso Parque Nacional Torres Del Paines, eleito recentemente a oitava maravilha do mundo. Como havia planejado com antecedência, comprei uma passagem de avião para Punta Arenas, a cidade, com aeroporto, mais próxima do parque. Da mesma forma que para Calama, comprei através do site LAN/CH (lembre-se: na LAN/BR é mais cara!!). Paguei aproximadamente 300 reais, ida e volta.
No hostel, procurei me informar com pessoas que estavam voltando do parque e podíam me passar diversas dicas. Uma delas foi para procurar o “Base Camp” em Puerto Natales. Este é um local onde as pessoas se reúnem antes de ir ao parque. Lá, um guia lhe explicará muitas coisas que se deve saber sobre o parque: acampamentos, o que levar, equipamentos, trilhas, etc. Basicamente, o passeio consiste em duas rotas: a rota W e a rota O. A primeira tem esse nome por seguir um W e tem duração aproximada de 5 dias. Já a Segunda possui esse nome por dar a volta completa no parque. É mais longa e tem duração aproximada de 10 dias. Eu fiz a primeira, de forma invertida, considerada mais fácil, já que você estará carregando maior quantidade de bagagem e os trechos são menos íngremes. As principais atrações são o Glacier Grey e Las Torres. A entrada no parque custa 18 000 pesos para estrangeiros. Dentro, existem acampamentos pagos e não-pagos. A experiência do passeio é incrível. É um momento de reflexão, desafio e introspecção.
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Parque Nacional Torres Del Paine |
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Parque Nacional Torres Del Paine |
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Parque Nacional Torres Del Paine |
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Parque Nacional Torres Del Paine |
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Glaciar Grey |
Terminada a expedição, voltei a Puerto Natales. Fiquei mais uns dois dias e voltei a Punta Arenas. Aproveitei para conhecer a Isla Magdalena, considerada santuário dos pinguins. É uma pequena ilha com centenas de pinguins que acabam migrando para outras partes do mundo.
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Isla Magdalena |
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Isla Magdalena |
Por fim, retornei a Santiago, onde fiquei mais um dia. Aproveitei para ir ao estádio, uma vez que estava tendo uma partida do meu time pela Libertadores da América. Foi uma viagem fantástica, marcante por inúmeros fatores. Dentre eles, destaco o fato de ter sido a primeira vez que viajei sozinho e, também, destaco a oportunidade que tive de conhecer lugares e pessoas incríveis!
É isso aí galera! Espero que tenham gostado das dicas e do roteiro! Curta nossa fã page no facebook (www.facebook.com/tripaddicts) e siga nosso perfil no Instagram para acompanhar as dicas dos lugares mais incríveis do mundo! Deixe seu comentário e seu feedback, para que possa sempre melhorar os roteiros ! Por fim, clique no link abaixo e veja mais fotos em nosso canal do YouTube: