Machu Picchu |
Enquanto pesquisava sobre o Peru na internet, descobri um lugar maravilhoso, chamado Huaraz. As fotos que vi me encantaram, então decidi que seria mais um destino a ser visitado. Poucas pessoas já ouviram falar desse lugar e, por isso, não é tão famoso quanto MP. Mas acredito que ao ver as fotos abaixo você também irá se apaixonar.
Como todo bom mochileiro, tive a missão de organizar meu roteiro pouco antes de viajar. Qual seria a logística para conhecer esses dois lugares? Afinal, seriam apenas 11 dias viajando e esses dois lugares são bem distantes um do outro. A opção mais favorável a mim foi a seguinte: Comprei a passagem com destino a Lima, sendo que a saída também seria de Lima.
Saímos do Rio de Janeiro e voamos em direção a Lima. Chegamos numa quinta-feira no início da noite e fomos direto para o hostel. No primeiro dia, optamos por ficar no hostel tomando uma cervejinha de leve. Aproveitamos para saborear a deliciosa cerveja Cusqueña, uma das melhores que já provei.
No dia seguinte, saímos para fazer um city tour. Fomos ao centro histórico de Lima e conhecemos alguns dos principais pontos turísticos da cidade. Passamos pelo Museo de Arte de Lima, depois pela Plaza de Armas e, em seguida, pela Catedral de Lima. Esta é considerada Patrimônio da Humanidade e é a maior Igreja do Peru. Ela foi construída em 1540 e em 1756 recebeu os restos mortais do conquistador espanhol Francisco Pizarro.
A igreja possui diversas capelas e, com a ajuda da guia turística, aprendemos bastante sobre a história do catolicismo e da colonização espanhola no país. Nosso passeio durou uma manhã e uma tarde.
Aproveitamos para saborear o famoso Ceviche, uma das comidas mais típicas do país. Outra opção de comida bastante famosa é um prato chamado Lomo Saltado. No início da noite voltamos para o hostel e aproveitamos para nos enturmar com vários mochileiros, que nos convidaram para ir a uma boate.
Asia:
Um dos meus amigos, que também estava na viagem, tem uma amiga peruana que mora no Brasil, mas que, coincidentemente, também estava passando suas férias em Lima. Ela nos convidou para conhecer Asia, um distrito próximo a Lima. Fazendo uma comparação, diria que Búzios está para o Rio de Janeiro assim como Asia está para Lima.
É considerada o point dos jovens, com várias praias, noitadas e restaurantes de alto nível. Na ida, dividimos um táxi para 4 pessoas e ficamos hospedados numa pousada, a 200 metros da praia. Foi a primeira vez que entrei numa praia do oceano pacífico. A água estava bastante gelada, em contraste com o clima seco e quente da região. É um lugar árido e com pouca vegetação, diferente das nossas praias, mas com sua beleza particular.
Passamos dois dias em Asia. Durante o dia, ficamos uma parte na praia e outra na piscina da pousada, à noite fomos até a Asia Boulevard, um complexo cheio de restaurantes e boates de alto nível. Como nossa amiga peruana conhecia várias pessoas da região, entramos vip’s nas boates, para nossa sorte!
De volta a Lima:
De volta a Lima, mas novamente por um curto período. Agora nosso objetivo era sair de Lima e ir a Huaraz. Optamos por viajar de ônibus. Como são 8 horas de viagem, decidimos ir à noite, saindo às 22 horas e chegando às 6 da manhã. Aproveitamos para dormir durante a viagem e, assim, economizamos uma diária em um hostel. Para comprar a passagem, fomos até um terminal rodoviário. Existem diversos terminais, cada um de uma empresa diferente.
Huaraz:
Enquanto estávamos no terminal, esperando o ônibus para Huaraz, um peruano nos escutou conversando em português e se aproximou. Disse que já tinha morado no Rio de Janeiro e que seria uma grande satisfação retribuir o bom tratamento que recebeu no Brasil. No início ficamos desconfiados, mas resolvemos confiar. Agradeço até hoje por tê-lo conhecido.
Ele trabalha como guia turístico e se ofereceu para nos guiar em Huaraz. Nos levou em um hostel barato e super confortável, e também nas agências de turismo mais confiáveis. Fez isso sem cobrar nada, e em nosso último dia nos levou para um trekking na Laguna Churup , um lugar maravilhoso, mas de difícil acesso para quem não está acompanhado por um guia.
Ficamos 3 dias em Huaraz. No primeiro, contratamos um passeio para a Laguna Llanganuco e Yungay, a cidade sepultada pelo terremoto de 1970. No segundo dia, fomos ao Nevado de Pastoruri, situado a 5 mil metros acima do nível do mar, no sul da Cordilheira Branca. Por fim, no último dia, fizemos esse trekking até a Laguna Churup, que fica a 4450 m acima do nível do mar.
A maior parte desses passeios turísticos estão dentro do Parque Nacional de Huascarán. Como o sol peruano é uma moeda mais desvalorizada, a maior parte dos passeios foram baratos, inclusive a hospedagem e as refeições. A exceção foi Cusco e MP. Por serem lugares mundialmente reconhecidos e mais turísticos, tudo custou mais caro em Cusco e em MP.
Laguna Llanganuco |
Nevado Pastoruri |
Laguna Churup |
De volta a Lima:
Mais uma vez de volta a Lima. Desta vez chegamos e fomos direto para o aeroporto aguardar o nosso voo para Cusco. Optamos por viajar de avião para aproveitar melhor nosso tempo. Mas existem duas opções mais baratas: ônibus e trem. A primeira mais barata, mas leva-se em média 24 horas de viagem. E a segunda um pouco mais cara, mas com duração aproximada de 12 horas. Infelizmente não sei maiores detalhes sobre essas duas opções, uma vez que preferi viajar de avião.
Reservamos a maior parte do tempo da viagem para conhecer Cusco e MP. No primeiro dia, conhecemos o centro histórico e procuramos agências de turismo. Pesquisando em algumas delas, descobrimos que há basicamente 3 formas de se conhecer Machu Picchu: a primeira, num bate-e-volta de um dia; a segunda, que foi a que fizemos, com duração de dois dias; e a terceira, chamada de Trilha Inca, com duração de 4 dias.
Na opção que escolhemos, pagamos algo em torno de U$ 150,00. Estavam incluso o transporte de ida e volta, as refeições de almoço e jantar e o pernoite em um hotel em Águas Calientes.
Saímos de Cusco e viajamos até uma represa. Foram 5 horas de viagem com parada para o almoço. Estradas sinuosas, estreitas e com desfiladeiros enormes: de dar medo! Ao chegar à represa, iniciamos uma trilha mata adentro, que durou cerca de 2 horas, até Águas Calientes. Este é um pequeno vilarejo, próximo a Machu Picchu, onde passamos a noite.
Trilha até Águas Calientes |
Recomendo comprar algumas frutas e pães no mercado para levar no dia seguinte, uma vez que as refeições no restaurante da entrada de MP são caríssimas. Existem duas formas de chegar a MP: caminhando (aproximadamente 2 horas) ou de ônibus (15 minutos). Optamos por subir de ônibus e descer a pé. Saímos por volta das 6 da manhã e voltamos por volta das 15 horas.
Pela manhã, o guia dá uma volta pelas ruínas, explicando a história e a função de cada câmara ou construção. Depois você fica livre para circular e tirar fotos. Uma observação: nós não sabíamos, mas existe a opção de ir a Huayna Picchu, que é a parte mais alta. Mas para isso você precisa de comprar o ticket em Águas Calientes.
Foi um passeio incrível. Como pode uma civilização naquela época ser tão avançada em matemática, astronomia e engenharia? É um lugar místico com uma energia contagiante! Não tem como não admirar sua tamanha grandeza! Retornamos a Aguas Calientes, onde ficamos até as 19 horas. Em seguida, voltamos a Cusco.
Infelizmente tive um problema de saúde e fiquei acamado no último dia e, por isso, não consegui fazer o passeio ao vale sagrado. Mas dizem que é um ótimo passeio e que também dura o dia inteiro. E Assim se encerrava a nossa viagem. No dia seguinte, voamos de volta a Lima e esperamos nosso voo de volta ao Rio de Janeiro.
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